21 de janeiro de 2011

PCP comenta «reorganização administrativa» de Lisboa

Reorganização administrativa de Lisboa
Mais uma negociata do PS e do PSD

O PS e o PPD/PSD anunciaram terem chegado a acordo para reduzirem o número de freguesias da cidade de Lisboa – de 53 para 24. Tal entendimento revela-se agora alargado aos “independentes” coligados com o PS na Câmara Municipal de Lisboa, pela proposta agendada para a reunião de Câmara de 26 de Janeiro, na qual, à subscrição do PS e do PPD/PSD, se juntam os vereadores Helena Roseta, Nunes da Silva e Sá Fernandes a proposta para deliberação.

Para o PCP, e atendendo às competências próprias legalmente atribuídas e os meios disponíveis para o efeito, a erosão populacional de algumas freguesias do centro da cidade de Lisboa poderia justificar a procura de âmbitos territoriais conjugados com afinidades histórico-culturais num processo participado, com as populações envolvidas. Na mesma lógica, teria pertinência reequacionar a grande dimensão, particularmente populacional, de outras freguesias da cidade, em ordem a garantir adequado serviço às populações.

No entanto, o PCP considera que os problemas de Lisboa não se centram na reestruturação da divisão administrativa da cidade nas freguesias, mas sim nas políticas de direita prosseguidas no governo e na Câmara, que têm reflexos na vida da cidade e na incapacidade da gestão municipal em resolver os problemas da população .

Esta negociata, que envolveu a representação do PPD/PSD na Assembleia Municipal de Lisboa, não tem em conta os aspectos histórico-culturais e as relações de proximidade e vizinhança presentes, bem como não atende à evolução demográfica prevista no modelo de revisão do PDM subscrito pela mesma “coligação” concertada em torno da obstinada redução do número de freguesias da cidade, que está para aprovação e foi feita nas costas da população, juntando áreas completamente antagónicas mas ajustadas à gestão concertada dos interesses eleitorais do PS e do PPD/PSD.

Se esta proposta avançasse na Assembleia da República (único órgão que tem legitimidade para a aprovar), teríamos nas freguesias o mesmo centralismo que hoje temos na Câmara Municipal, ainda mais afastado das populações e com meios próprios proporcionalmente mais exíguos para cumprir as responsabilidades institucionais atribuídas.

O PCP não condiciona a democracia das instituições públicas e o nível de prestação à população a critérios economicistas.

O PCP defende que uma reorganização administrativa não pode ser feita sob a pressão da crise económica e que, sob tal pretexto, vise servir os interesses eleitorais do PS e do PPD/PSD, no seu modelo hegemónico de alternância. A redução do número de eleitos reforça o centralismo das decisões e simultaneamente compromete significativamente a democracia. Deve sim ser um processo amplamente participado, envolvendo as freguesias e as populações e as freguesias, e deve ter como objectivo responder melhor aos problemas que afectam as suas vidas.

É neste quadro que o PCP intervirá, votando contra esta proposta nos órgãos municipais, mobilizando a população para que intervenha no debate e apresentando na Assembleia da República a sua própria proposta.

Lisboa, 21 de Janeiro de 2011
A Direcção da Organização da Cidade de Lisboa do PCP


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18 de janeiro de 2011

Como votar em Francisco Lopes

No boletim de voto, Francisco Lopes é o candidato que surge em terceiro lugar. É identificado com o nome completo e a fotografia. O voto deve ser assinalado dentro do quadrado, à direita da fotografia.

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7 de janeiro de 2011

Decididas mesas de voto para 23 de Janeiro

Na reunião de dia 4, terça-feira, às 17 horas, na sede da Junta, compareceram representantes das candidaturas de Francisco Lopes e Cavaco Silva.
Verificando-se que o número de mesas diminui (para as eleições presidenciais serão apenas três secções de voto, em vez das quatro que funcionaram nas eleições de 2009), procurou-se conjugar a composição das últimas duas eleições com as pessoas indicadas agora pelas candidaturas. Decidiu-se igualmente incluir outras pessoas, que se presumiu não serem apoiantes das candidaturas representadas na reunião e terem condições para voltar a fazer parte das mesas. O resultado da reunião foi comunicado à Junta de Freguesia.
Por se ter apurado que uma eleitora indicada, embora tendo integrado as mesas em 2009, já não está recenseada no Coração de Jesus, o que exigia a sua substituição, foram realizados contactos entre a Junta de Freguesia, os representantes das candidaturas que estiveram na reunião e o eleito da Assembleia de Freguesia que encabeçou a lista do PS nas eleições de Outubro de 2009. Foi aceite a sugestão deste último sobre o novo nome a incluir.


Informações úteis

As eleições de 23 de Janeiro deverão ter lugar no Stand Berna, como sucedeu nos últimos actos eleitorais. A votação decorre das 8 às 19 horas.
- Ver composição das mesas de voto
- Ver informações da Comissão Nacional de Eleições
- Visitar o sítio da candidatura de Francisco Lopes
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Posição firme e construtiva distingue a nossa forma de ser oposição

Na reunião da Assembleia de Freguesia, realizada dia 16 de Dezembro, consolidou-se a caracterização da intervenção do PCP como oposição firme e construtiva - uma ideia que marcou a campanha da CDU nas eleições de 11 de Outubro de 2009.
Desta vez, o contributo principal veio do eleito que encabeçou a lista do PS nas últimas eleições, ao explicar que este partido não apresentou quaisquer propostas ou sugestões relativas às Opções do Plano para 2011 porque, no seu entender, a força que venceu as eleições é que deve governar.
O PS abdica, desta forma, do Direito de Oposição que lhe é reconhecido por lei - e que começou a ser respeitado apenas no presente mandato por iniciativa do PCP, no quadro da perda da maioria absoluta pela coligação PSD/CDS-PP.
Por outro lado, o PS exibe uma fundamentação desadequada da intervenção característica do poder local, onde é possível e desejável unir eleitos das mais diferentes forças políticas em torno da resolução de problemas muito concretos. Curioso é o facto de a tese «quem ganhou deve governar» já não valer para o Governo, o Parlamento e a Presidência da República - Sócrates e Cavaco, PS e PSD souberam juntar forças e votos para aprovar o Orçamento do Estado para 2011, que impõe maiores sacrifícios aos trabalhadores e ao povo, persistindo num caminho que já mostrou servir apenas os interesses dos grandes grupos económicos, agravando as desigualdades sociais e os problemas fundamentais do País.
Para nós, o Direito de Oposição representa também um dever para com a população da freguesia. Não podemos deixar de dar o nosso contributo para encontrar soluções melhores. Com mais apoio, mais votos e mais eleitos, esse contributo será maior.


Votações:

  • Ratificação de protocolos com a Câmara Municipal de Lisboa sobre descentralização de competências - 8 votos a favor (PSD e PS), 1 abstenção (PCP)
  • 2.ª Revisão Orçamental - 5 votos a favor (PSD e PCP), 4 abstenções (PS)
  • Opções do Plano - 5 votos a favor (PSD e PCP), 4 votos contra (PS)
  • Orçamento - 4 votos a favor (PSD) e 5 abstenções (PS e PCP)
  • Mapa de Pessoal - 9 votos a favor.

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