Na Assembleia
de Freguesia, dia 15, foi debatida uma informação da Junta sobre a
reunião de 11 de Novembro com a ARS, em que esta mais uma vez não
deu garantias quanto ao futuro da extensão de Saúde da Avenida
Duque de Loulé e até veio suscitar novas preocupações quanto ao
futuro da própria sede do Centro de Saúde, na Avenida Ressano
Garcia. O eleito do PCP apresentou, a propósito, uma declaração,
responsabilizando pela actual situação os partidos que se têm alternado no poder (PSD,
CDS e PS) e apoiando a intervenção colectiva
como melhor garantia de defesa dos interesses da população.
Declaração
Sobre
as condições de acesso à Saúde
Segundo
se conclui da leitura do «memorandum» do Executivo sobre a reunião
havida a 11 de Novembro, com responsáveis da Administração
Regional de Saúde e do Agrupamento de Centros de Saúde, continua a
não haver da parte destas entidades qualquer visível interesse em
garantir que a extensão de Saúde da Avenida Duque de Loulé possa
continuar instalada na freguesia e passe a prestar serviço aos
utentes em melhores condições.
As
afirmações relatadas não podem deixar descansados aqueles que
realmente se preocupam com estes dois objectivos: a proximidade e a
qualidade do Serviço Nacional de Saúde na freguesia. Pelo
contrário, quer o vice-presidente da ARS, quer o director executivo
do ACES parecem ter demonstrado muita ligeireza na resposta aos
membros da Junta de Freguesia, e avançaram argumentos e hipóteses
que só nos deixam mais preocupados, seja a mudança de instalações
para a Ressano Garcia, seja a mudança da sede daqui para a Alameda,
levando consigo a extensão.
Nas
últimas décadas, têm sido seguidas políticas que fragilizam e
desacreditam o Serviço Nacional de Saúde.
No
Orçamento do Estado para 2012 e nas afirmações com que foi
defendido encontramos motivos acrescidos de preocupação e
indignação. Para abrir mais o campo a que cresçam os negócios dos
grandes grupos privados na Saúde, aumentam para valores inaceitáveis
as taxas moderadoras.
Os
órgãos da freguesia estão a fazer o que podem, mesmo para além
das suas competências legais, em nome de uma sua competência
suprema, que é defender a população e exigir um serviço público
de saúde universal e de qualidade, como manda a Constituição.
Pela
situação a que se chegou e pelo seu previsível agravamento têm
que ser responsabilizados o PSD, o CDS e o PS, partidos que se vão
alternando no Governo e que, no essencial, acabam por praticar
políticas muito semelhantes nesta área.
Resta
a intervenção colectiva da população, que contará com o nosso
natural apoio.
Lisboa,
15 de Dezembro de 2011
Domingos
Mealha, vogal,
eleito
pelo PCP nas listas da CDU
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