7 de abril de 2010

Saúde em debate na sexta-feira

A CDU apela à participação activa da população da freguesia no debate público sobre a saúde na freguesia e o futuro da extensão do Centro de Saúde na Av. Duque de Loulé, que vai ter lugar na próxima sexta-feira, 9 de Abril, às 21 horas, no Hotel Embaixador.

Ver apelo-convocatória da Assembleia e Junta de Freguesia...


O que faz mal à Saúde de todos nós?

Por várias vezes, nos últimos anos, os eleitos do PCP e da CDU têm abordado na AF os problemas desta extensão e das condições cada vez mais deficientes em que funciona - problemas que têm sobretudo a ver com uma política que, há mais de trinta anos, tenta desarticular o Serviço Nacional de Saúde e abrir campo aos negócios privados.
Se julgássemos apenas pelas palavras, não haveria responsáveis pela actual situação - bem ilustrada nas mais recentes notícias sobre a falta de médicos de família. Mas o que conta são os actos e as suas consequências. Por isso, as responsabilidades devem ser imputadas aos partidos que têm governado o País e que, na Saúde (como noutras áreas fundamentais) estão de acordo e realizam a mesma política: o PS, o PSD e o CDS.
Justificam essa política com a tese de que o Estado deveria ter um peso mínimo na saúde. Na verdade, mais de 60 por cento das despesas de Saúde do Estado já são... pagamentos a privados.
Para quem tem a ganhar com tal política, uma gestão ruinosa dos recursos humanos e dos equipamentos é a forma mais eficaz de destruir o Serviço Nacional de Saúde. Para esses, os prejuízos causados aos utentes valem muito menos do que os crescentes lucros milionários dos grandes grupos que já estão instalados na Saúde.

E se a extensão fechar?

A extensão do Centro de Saúde, na Avenida Duque de Loulé, não tem merecido do poder central as muito necessárias medidas de consolidação e melhoria de condições. Pelo contrário, tem sofrido de abandono e desinvestimento ao longo de anos.
Em vez de obras ou da busca de uma localização alternativa, foram retirados médicos e enfermeiros, foram reduzidos os serviços e diminuiu o horário em que estes são prestados.
Desde há cerca de um ano, começou a falar-se no seu provável encerramento.
A «Carta de Equipamentos de Saúde de Lisboa», aprovada pelos órgãos municipais em meados de 2009, diz que a extensão e a própria sede do Centro de Saúde, na Av. Ressano Garcia, são instalações «a abandonar». Para «substituição», é proposta a construção de uma unidade, na Rua Pedro Nunes, e a instalação de outra unidade no Hospital de Santa Marta ou no Hospital dos Capuchos - hospitais que o Governo quer alienar.
A falta de consistência deste documento, que foi apontada pelo PCP e Os Verdes na Assembleia Municipal, ficou ainda mais evidente quando o director executivo do Agrupamento de Centros de Saúde Lisboa III (Central), a uma delegação da CDU, ainda referiu uma terceira «hipótese» que estaria em estudo para dali a um mês. A reunião foi em Setembro e essa «hipótese» não se concretizou. Mais recentemente, a Junta de Freguesia terá sido informada de que as instalações da extensão iriam ser sujeitas a obras.
Sobram planos e estudos, mas faltam melhorias concretas. E avolumam-se os motivos de preocupação para quem precisa do serviço público de Saúde - tanto as pessoas mais idosas, como as pessoas com baixos rendimentos, como qualquer um de nós, a quem a Constituição garante o direito a ter os cuidados de que necessite.
A população precisa manter-se atenta e, se necessário, desenvolver acções para evitar que nos seja retirada a extensão do Centro de Saúde e para exigir melhores serviços públicos.


Ver ainda intervenções a propósito na Assembleia Municipal de Lisboa
- Intervenção do PEV
- Intervenção do PCP 
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