20 de fevereiro de 2013

Extensão de saúde na Assembleia Municipal

Por iniciativa do grupo de eleitos do PCP, a Assembleia Municipal de Lisboa deliberou, dia 19 de Fevereiro, por unanimidade, solicitar à Câmara Municipal de Lisboa que se empenhe, juntamente com os responsáveis do Ministério da Saúde, para encontrar um espaço alternativo, nas freguesias do Coração de Jesus e de São José, para a instalação da Extensão do Centro de Saúde da Avenida Duque de Loulé, encerrada desde dia 15.
Esta votação unânime não tira quaisquer responsabilidades aos partidos que se têm alternado no poder, quer no Governo, quer na CML, e que têm conduzido uma política de saúde que tem em vista abrir campo ao negócio dos grandes grupos privados, à custa da liquidação do Serviço Nacional de Saúde universal, de qualidade e acessível a todos.
A 9 de Abril de 2010, perante quase uma centena de moradores, responsáveis do Ministério da Saúde e da Câmara de Lisboa declararam que a extensão não era para encerrar, mas para melhorar. Mudou o Governo, mas continuou a política de encerramento de unidades de saúde de proximidade, aumentaram escandalosamente as taxas moderadoras, continuaram os ataques aos profissionais e as medidas que afastam o serviço público dos utentes que dele necessitam.
Não será necessário esperar muito para ver quanto valem, na acção concreta, os votos que na Assembleia Municipal aprovaram dia 19 o apelo à CML e ao Governo.
Do PCP e da CDU, os utentes da extensão de saúde e os moradores podem, com a confiança de sempre, esperar persistência e firmeza no combate para que, no País e na cidade, ocorra rapidamente uma ruptura no rumo que vem sendo seguido e se construa a alternativa política que garanta uma política alternativa, que faça do reconhecimento do direito de todos à saúde uma afirmação com consequências na acção concreta.

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