Esta votação unânime não tira quaisquer responsabilidades aos partidos que se têm alternado no poder, quer no Governo, quer na CML, e que têm conduzido uma política de saúde que tem em vista abrir campo ao negócio dos grandes grupos privados, à custa da liquidação do Serviço Nacional de Saúde universal, de qualidade e acessível a todos.
A 9 de Abril de 2010, perante quase uma centena de moradores, responsáveis do Ministério da Saúde e da Câmara de Lisboa declararam que a extensão não era para encerrar, mas para melhorar. Mudou o Governo, mas continuou a política de encerramento de unidades de saúde de proximidade, aumentaram escandalosamente as taxas moderadoras, continuaram os ataques aos profissionais e as medidas que afastam o serviço público dos utentes que dele necessitam.
Não será necessário esperar muito para ver quanto valem, na acção concreta, os votos que na Assembleia Municipal aprovaram dia 19 o apelo à CML e ao Governo.
Do PCP e da CDU, os utentes da extensão de saúde e os moradores podem, com a confiança de sempre, esperar persistência e firmeza no combate para que, no País e na cidade, ocorra rapidamente uma ruptura no rumo que vem sendo seguido e se construa a alternativa política que garanta uma política alternativa, que faça do reconhecimento do direito de todos à saúde uma afirmação com consequências na acção concreta.

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