17 de dezembro de 2011

Utentes devem lutar pela sua saúde


Na Assembleia de Freguesia, dia 15, foi debatida uma informação da Junta sobre a reunião de 11 de Novembro com a ARS, em que esta mais uma vez não deu garantias quanto ao futuro da extensão de Saúde da Avenida Duque de Loulé e até veio suscitar novas preocupações quanto ao futuro da própria sede do Centro de Saúde, na Avenida Ressano Garcia. O eleito do PCP apresentou, a propósito, uma declaração, responsabilizando pela actual situação os partidos que se têm alternado no poder (PSD, CDS e PS) e apoiando a intervenção colectiva como melhor garantia de defesa dos interesses da população.



Declaração
Sobre as condições de acesso à Saúde

Segundo se conclui da leitura do «memorandum» do Executivo sobre a reunião havida a 11 de Novembro, com responsáveis da Administração Regional de Saúde e do Agrupamento de Centros de Saúde, continua a não haver da parte destas entidades qualquer visível interesse em garantir que a extensão de Saúde da Avenida Duque de Loulé possa continuar instalada na freguesia e passe a prestar serviço aos utentes em melhores condições.
As afirmações relatadas não podem deixar descansados aqueles que realmente se preocupam com estes dois objectivos: a proximidade e a qualidade do Serviço Nacional de Saúde na freguesia. Pelo contrário, quer o vice-presidente da ARS, quer o director executivo do ACES parecem ter demonstrado muita ligeireza na resposta aos membros da Junta de Freguesia, e avançaram argumentos e hipóteses que só nos deixam mais preocupados, seja a mudança de instalações para a Ressano Garcia, seja a mudança da sede daqui para a Alameda, levando consigo a extensão.
Nas últimas décadas, têm sido seguidas políticas que fragilizam e desacreditam o Serviço Nacional de Saúde.
No Orçamento do Estado para 2012 e nas afirmações com que foi defendido encontramos motivos acrescidos de preocupação e indignação. Para abrir mais o campo a que cresçam os negócios dos grandes grupos privados na Saúde, aumentam para valores inaceitáveis as taxas moderadoras.
Os órgãos da freguesia estão a fazer o que podem, mesmo para além das suas competências legais, em nome de uma sua competência suprema, que é defender a população e exigir um serviço público de saúde universal e de qualidade, como manda a Constituição.
Pela situação a que se chegou e pelo seu previsível agravamento têm que ser responsabilizados o PSD, o CDS e o PS, partidos que se vão alternando no Governo e que, no essencial, acabam por praticar políticas muito semelhantes nesta área.
Resta a intervenção colectiva da população, que contará com o nosso natural apoio.


Lisboa, 15 de Dezembro de 2011
Domingos Mealha, vogal,
eleito pelo PCP nas listas da CDU

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